Para justificar a investida da Telefónica sobre a PT, há opiniões que consideram de estupido patrioteirismo o não reconhecimento de que a Espanha é maior de que Portugal e que, portanto, é natural esta assimilação pela economia espanhola do que de maior se construiu no nosso país. Só que a Suécia ainda é menor que Portugal e tem a Tetrapac, a maior empresa mundial de impermeabilização de papel e de construção de máquinas de embalagem automática. A Finlândia, também menor, tem a Nokia, a Holanda, mais ou menos do nosso tamanho, tem a Philips e jamais se verificou uma investida alemã ou inglesa sobre alguma destas empresas porque, justamente, são as maiores que esses países têm.
Em contra-partida, as empresas portuguesas com dimensão, graças à tese de que "só a honra não se vende" (especialmente se não colidir com o enriquecimento pessoal, deve acrescentar-se), os nossos investidores já alienaram uma empresa que era a única portuguesa que estava dentro das dez maiores do Mundo no seu sector: a Cimpor. Agora preparam-se para alienar a PT e a Galp será a próxima. Neste caso graças ao incompreensivel negócio que o Governo de Guterres/Pina Moura iniciou com os italianos. Capitalistas de borra, é o que temos, sem estratégia de desenvolvimento das empresas num quadro de afirmação nacional. Com gente desta, os espanhóis, claro, se não os põem a trabalhar para eles compram-lhes as empresas. O que até parece bem feito, mas depois não se queixem de construirmos um futuro que vai limitar-nos a fazer a cama e a servir o pequeno almoço aos turistas que vêm para a praia...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
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