quinta-feira, 29 de julho de 2010
A Justiça não dá tréguas ao Primeiro-Ministro
A desestabilização que o "sistema de justiça" causa na vida política é espantosa. Quando surgiram as primeiras notícias sobre a não inclusão do Primeiro Ministro nos culpados do processo Freeport, disse para comigo que o assunto não morreria ali. Ao contrário do PM que, na sua curta e compreensível declaração de "lavagem da honra" disse que esperava não ter mais que falar naquele assunto. Como se esperava, o despacho dos procuradores públicos foi divulgado a conta-gotas. Primeiro, o PM saía da história, depois, saíu porque os procuradores não tiveram tempo de o interrogar. Para quem duvida, fica a certeza de que o PM não é "culpado" porque não se pôde provar que o era. Para quem acha que a Justiça portuguesa (se em seis anos de processo não consegue interrogar quem quer e acha necessário) pretende deixar a porta aberta à suspeita sem ter fundamentos, então, "o crime" já está instalado nas instâncias processuais responsáveis pela Justiça que temos em Portugal. Eu faço parte dos que têm esta segunda convicção.
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