segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As formigas dão respostas mas não fazem perguntas

Quando não se responde a uma pergunta das ditas "obrigatórias" ou se foge ou fica-se mal na "fotografia". Foi o que aconteceu com Cavaco Silva, 1º. Ministro, ao refugiar-se atrás de uma fatia de bolo rei para não responder a uma jornalista. Ficou péssimo! Agora, José Sócrates, quando não responde nada sobre a publicação dos despachos do juíz de Aveiro, com excertos das escutas do processo "Face Oculta", porque não entra no que diz "jornalismo de buraco de fechadura", esconde-se e prejudica a sua imagem e, portanto, a imagem do país. Publicar o despacho de um juíz que diz que o Governo quer condicionar o jornalismo da TVI, através da compra da quota dos espanhois da Prisa, pode constituir um erro de interpretação do juíz, que parece ter cometido outros, segundo o Procurador da República e o Presidente do Supremo Tribunal. Ou pode ser uma declaração infundada de quem a profere, particular e irresponsavelmente. Mas a publicação do Despacho constitui a mais lídima forma de jornalismo que as comunidades precisam.
Há perguntas que não podem ficar sem resposta. Até as formigas dão respostas... desviando-se uma das outras no carreiro. Só não fazem perguntas! Esta, a nossa diferença... E, já agora, de que é que José Sócrates estará à espera para falar ao paíz sobre o que o despacho do juíz revela sobre a suspeita de controlo da TVI?

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