As guerras, as crises, as grandes descobertas têm um efeito quase sempre acelerador da história. As reformas, as alterações e muito do que se foi adiando, do que deveria ter sido feito e não se fez, por inércia ou falta de meios, ganha premência na execução e, normalmente, faz-se à pressa, aceleradamente, quando não precipitadamente. É o processo histórico...
Diz-se que esta Crise de 2008 não vai deixar a Europa como está. Ou avança e se aprofunda, no sentido de uma maior vinculação e governação harmonizada, a caminho de uma das múltiplas formas que a Federação pode assumir ou se reduz, regride e, ou acaba ou volta à primaira forma da Europa dos seis, ou dois, no reduto franco-germânico que, por sua vez, reune a maior potencialidade de novos conflitos europeus. Assim, a aceleração imprime rapidez em vários sentidos: bons e maus. Resta esperar que desta resulte uma orientação no bom sentido: no reconhecimento de que não há uma moeda comum sem políticas sociais, económicas e, principalmente, fiscais comuns. Que não há políticas harmonizadas sem mecanismos de coordenação que tenham um poder legitimado para coordenar. A Alemanha e a Grécia não podem andar em roda livre, cada país por si. Mas, para isso, não se podem pedir esforços à população alemã para ajudar a Grécia quando os germânicos trabalham até aos 67 anos e os gregos não querem passar dos 62 para os 65 e, na prática, a maioria reforma-se aos 52, porque não há penalizações suficientes. Se quiserem uma moeda única têm de contribuir todos de igual modo para a sua estabilidade. Esta crise já produziu esta "drive" .
sábado, 8 de maio de 2010
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