quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Morte de Bin Lader - bem executada e mal explicada

Que a operação de captura e morte de Bin Laden foi bem executada, perante o que se supõe ser o seu objectivo, é um truismo. Está morto! Mas não está enterrado, no sentido literal e figurativo, pois, o assunto não está encerrado. Sob o ponto de vista comunicacional, não há dúvida que não foi obtido o mesmo sucesso. Vão continuar dúvidas, levantadas intencionalmente, com motivação política, contra a morte de um dos maiores salafrários da História que estava desarmado; que podia ter sido preso e julgado, como mandam as boas regras do Direito; que já arrasaram uma aldeia no Afeganistão, com 28 pessoas e a maioria delas crianças, pensando que o Bin Laden estava lá e, afinal, não estava. Então porque não bombardearam a casa que teria menos gente e, possivelmente, todos coniventes do alvo a abater? O Presidente Obama disse que não divulga as fotos do cadáver porque "não precisa de troféus". Palavra mal escolhida e que não condiz com a operação desencadeada. Se não era para fazer fotografia e para agarrar o B. L. "à unha" a operação era outra. Não era com tropa "apeada", numa acção de comandos.
Percebe-se que não se queira repetir a brutalidade de difuntir o garroteamento de Sadaam Hussein. Mas as fotos chocantes é o que "o povo" mais gosta e uma certa comunicação social não deixará de o tentar satisfazer. E, pior, é o sebastianismo messiânico que não deixa acreditar em nada do que se passou... ficam à espera do B. L., até que as fotos apareçam ou até mesmo depois.