quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os Bancos, a dívida e os portugueses

A "Alta Finança" convive bem com a dívida dos países onde operam. Senão vejamos: a dívida pública portuguesa, exagerada, quase 110% do PIB quando os critérios da União Europeia fixam 60%, é subscrita em mais de 40% pela banca nacional; os juros andam à volta de 5%; a taxa média de remuneração dos depósitos a prazo dos cidadãos prtugueses pela banca nacional anda por 2%. Porque razão o Governo não lança títulos de dívida de subscrição directa pelo público a uma taxa intermédia daquele intervalo? O Estado ganhava num juro mais baixo e no imposto de IRS de 20% que é cobrado na fonte. Porque é que esta medida, já apontada pela SEFIN - Associação de defeza de utilizadores de produtos financeiros, não foi adoptada?
Porquê, porquê? Para "não canibalizar o negócio da Banca", foi a resposta que ouvi a um governante.
Ora, sejamos claros, não como se costuma ouvir na televisão quando se está a embromar a questão, mas claros porque sinceros. Ninguém ganha com o enfraquecimento do sistema bancário. Todos estamos interessados em poder usufruir da utilização de bancos fortes, para poder lá ter o dinheiro sem riscos e medos, além do contributo que darão à economia. De banquetas geridas com base em ilícitos e incompetências já nos chegam, respectivamente, o BPN e o BPP. Mas a fôrça de qualquer banco só pode resultar dos lucros provenientes do seu trabalho,
dos serviços que prestam aos clientes e não de situações de favor, que acabam por gerar ineficiências e desperdícios, com o tempo, vindo a enfraquecê-los e a colocá-los na posição de que se quer afastá-los.

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