Quando se diz que o Presidente da República tem o "poder da bomba atómica", diga-se de dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições, devem extrair-se as conclusões do que se afirma.
Transportando este tal poder para o campo da Estratégia, sabe-se que a Estratégia não inventa bombas mas, estas é que inventam estratégias. No tempo das armas brancas a estratégia usada era bem diferente da do tempo das armas de fogo. E quando apareceram as armas nucleares a estratégia adquiriu, como toda a gente sabe, uma nova designação: da Dissuasão Nuclear.
Tem isto a ver com o poder do Presidente porque, sendo a Estratégia uma disciplina de pensamento e acção, ela passou a ser, na sua ambiguidade, uma teoria da não prática, ou da não acção, depois que os arsenais atómicos lhe criaram tal novo capítulo.
Assim, o estratego de serviço ao nosso Presidente da República deveria ser alguém que lhe dissesse "pense em como não usar a sua Bomba Atómica"! Pense, pense!
domingo, 23 de janeiro de 2011
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