Já se começam a vulgarizar ideias à volta de realidades cambiais, monetárias e monetaristas. Partindo da bolha imobiliária e da financeirização da economia, expulsando da vida a realidade mais consistente que é a economia real, ligada às pessoas, a crise actual teria de adquirir as dimensões económica e social. E é este o ponto em que emerge um novo ambiente na convivência internacional, com o peso das dificuldades, privações, que os países enfrentam internamente: a conflitualidade à volta do valor das respectivas moedas, meio convencional de tornar competitivas as produções dos países, independentemente do seu nível de produtuvidade e riqueza.
Esta é a situação que se projecta nas relações entre países e mercados, num âmbito global, numa globalização à solta, em que cada país trata de tirar o maior proveito possível. O egoismo nacionalista começa a vir ao de cima. A crise adquire por esta via a dimensão política no sentido que ela compreende de emulação, confrontação, enfim, de carácter polemológico das estratégias políticas.
Não adianta ignorar que a União Europeia, os Estados Unidos e a China começam a entrar nesta patamar de confronto: a guerra do Dolar, do Euro e das moedas da China.
O comércio e as exportações de que todos precisam não se encontram regulados à escala global de modo satisfatório. Os prejuízos para os pequenos paízes ou para os de produções deslocáveis são enormes e incompatíveis com a coinvivência intrnacional sem tensões nem proteccionismos.
A actual reunião do G20 poderá até delinear algumas intenções de não desvalorização das moedas por razões de competitividade. Mas não serão obedecidas por todos. Sem retaliações ou sanções não haverá obediência. E o Tribunal para as aplicar não existe!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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