Na vida dos países as realidades financeiras e económicas existem misturadas numa sequência de causas e efeitos mas é na comparação da situação presente com a situação perspectivada para o futuro que a economia e as finanças mais se distinguem. Na verdade, esta relação económico-financeira verifica-se também nas empresas e até na vida pessoal de cada um. Assim, uma boa situação financeira pode permitir a construção de um futuro promissor ou não. Que um futuro afortunado se conquiste a partir de uma situação financeira falida, seguramente que não. Mas que se pode equilibrar a situação financeira e as perspectivas de futuro serem, ou continuarem, negras, isso pode acontecer. E é o que acontece com Portugal quando, independentemente do equilíbrio orçamental e da redução da dívida, as Agências de Rating continuam a prever "um outlook", passe o pleonasmo, de crescimento económico muito baixo, comparativamente aos membros da UE. Nesta perspectiva, as contas e a dívida só entram nos limites aceitáveis pelo empobrecimento do país, já que o seu crescimento económico não se verificará.
A saída está enunciada aos berros, por toda a gente. Aumentar a produtividade do trabalho nacional e a competitividade das exportações, com efeito na redução do défice da balança comercial. Em resumo, o esforço que se fizer na redução da despesa e no aumento da receita do Estado constitui só metade da solução. A outra metade chama-se reforma estrutural do país e aumento das suas capacidades nos mais diversos aspectos da vida social e política.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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