sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Salazar e o "7 de Fevereiro"

Ainda sobre a "Memória das Oposições", livro a que já nos referimos há semanas atrás, deve notar-se uma original inscrição na historiografia portuguesa sobre Salazar.
Com efeito, a historiadora Heloísa Paulo, ao trabalhar o espólio do Comandante Jaime de Morais, figura destacada da Primeira República e da luta contra a Ditadura, divulga que, numa reunião preparatória da constituição do Governo Provisório que se seguiria ao Movimento do "7 de Fevereiro de 1927", foi aventado o nome de um jovem professor de Finanças da Universidade de Coimbra, chamado António Oliveira Salazar, para Ministro das Finanças! Como agora está na moda ensaiarem-se especulações sobre a "história acontecida ao contrário", no género, inventar a história se Hitler tivesse ganho a guerra e outras hipóteses, felizmente inverosímeis ou não verificadas, em alguns casos, não conseguimos evitar a pergunta: Se o "7 de Fevereiro" tivesse triunfado Salazar teria sido diferente e o Estado Novo não teria acontecido do mesmo modo?

2 comentários:

  1. SE ,se salazar não tivesse governado teria sido um grande homem na mesma e teria deixado obra onde quer a sua pessoa estivesse , apenas o país teria ficado mais pobre na sua alma , vai chegar o dia em que na historia, ocupará o lugar que lhe é devido .

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  2. Primeiro, não existe "se na história...infelizmente. Segundo, aventando a hipótese de Salazar ser convidado pelo grupo de Jaime de Morais ele cumpriria a ameaça que sempre fez e nunca cumpriu: voltar ao Palácio dos Grilos e exercer o seu autoritarismo em Coimbra...e já seria suficiente...

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