As opiniões divulgadas sobre o futuro da Europa e da União Europeia oscilam em modelos de vida colectiva que gravitam entre dois polos distintos: o polo mais favorável, à volta de ideias generosas de manutenção do chamado "modelo social europeu", com uma segurança social geral e a garantir um mínimo de qualidade de vida; o mais pessimista, que perspectiva o fim do "Estado Social" por razões de impossibilidade da sua manutenção com o crescimento económico abaixo do valor necessário para o seu custeio.
Assim, o modelo futuro será definido pela evolução económica de Europa, numa economia global em que se considera imperioso viver. As compatibilizações que é forçoso construir, ou as contradições que não se conseguem evitar resultam de três dados de equação: o modelo rico e humanista do Estado Social europeu, o crescimento e superavit económico que o mantenha e como este crescimento se pode verificar numa economia global e concorrencial, em que países, como a China e outros, destroiem a competitividade europeia porque não têm Estado Social, nem Direitos Humanos a respeitar e, consequentemente, a competitividade deriva de multidões de seres humanos a explorar.
A Europa, em vez de discutir solidariedades para com os seus membros próximos da falência financeira, de expecular sobre as (des)vantagens de cada um permanecer no Euro, tem de tomar uma posição sobre este aspecto que caracteriza a globalização. Globalização que será difícil discutir porque a uns beneficia enormemente e a outros prejudica implacavelmente. A Alemanha está no primeiro caso, Portugal e outros no segundo. A Alemanha exporta teares e outra maquinaria para o Oriente, Portugal sofre a concorrência dos tecidos e outros produtos.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
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