A União Europeia pressupõe, como todas as uniões, a necessidade de um esforço geral de entendimento por parte dos seus membros. Para uma alemã, formada em Química, criada na antiga República Democrática Alemã, como a Sra. Merkel, que é quase como se fosse uma "seminarista", no seu dogmatismo moralista, ao ver os credores (os dos mercados...) ganharem um ágio absurdo sobre a compra de dívida soberana, dizer que, se os países devedores entrarem em incumprimento, esses credores tem de sofrer a quota de risco correspondente é a mais líquida das consequências.
"Os mercados" como agora se diz, claro, querem é o máximo juro com o mínimo de risco e vai de subir as taxas... Toda a gente achou que a Sra. Merkel prejudicou os países endividados, com aquela declaração. E, as taxas subiram logo...
Mas como poderá esperar-se um julgamento diverso de quem acha que não tem que dever nada a ninguém e viver só à conta do seu trabalho?
Parece-me que o melhor é os países deficitários pensarem que podem pertencer à União Europeia, à Moeda Única, mas que esta só lhes pertence na medida do que produzirem e não do que devam. O Euro vale para todos, é facto, mas não acabou com a noção de capital próprio e
alheio. E este paga-se com juro.
Mesmo assim, há que ache que pode pôr a cabeça da Sra. Merkel a funcionar ao contrário. Não pode, porque ela, como toda a gente, sabe que não adianta rapar quando se chega ao fundo da panela...
sábado, 11 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário