O Concelho de Barcelos tem 87 freguesias. 87 digo bem! Como a Lei diz que as Assembleias Municipais têm de ter mais membros eleitos do que os que o são por inerência, os eleitos são 88 que, com os Presidentes de Juntas, dá a soma de 175 deputados municipais daquele singular concelho. A República de Chipre, país independente e membro da União Europeia e com 1 milhão de habitantes tem uma Assembleia da República com 80 deputados. Menos de metade do Concelho que se caracteriza não só pela produção de galos em barro como, também, de deputados de carne e osso, que não faltam às convocatórias das assembleias nem deixam de receber as respectivas senhas de presença.
Esta situação, comparada com á discussão à volta do número de Deputados (230) da Assembleia da República, dá razão aos que acham que os deputados desta nem são de mais.
O problema é de organização do estado português, que só será organizado se houver condições políticas para isso, naturalmente.
Preocupante é ouvir e constatar que a última vez que se reduziram concelhos no país foi em regime de ditadura. Se a Democracia não for capaz de definir o número optimo, o mais adequado, de orgãos e seus membros podemos esperar pela sua falência.
Sabemos que a situação de Barcelos é a mais grave mas há outras situações desmesuradas de cargos e orgãos do aparelho do Estado.
Também sabemos que há intuitos de eliminação da representatividade das opiniões políticas e dos interesses regionais e locais, atravéz da "secretaria" organizativa, alterando a reprsentatividade política existente na AR. Como sabemos que há preocupações de manter a situação como ela está para alimentar a pequena nomenclatura partidária local, ao nível do "campanário" e do concelho. Com o argumento ridículo que a diminuição do número de eleitos constitui uma debilitação democrática do sistema, como se a transformação de cada eleitor em eleito fosse a Democracia absoluta... Ridículo!
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