Uma estudante tunisina passava os dias sem sair do quarto, a estudar e agarrada ao computador -- era esta a opinião do seu pai, activista político na sua juventude e que tinha passado 8 anos preso, por motivos políticos. Desliga-se de qualquer atividade política, já perto dos sessenta anos, trabalha desmotivado pela situação política de ditadura em que vive o seu país. Eclode o movimento popular em Tunes e, o pai, sai para a rua, louco de alegria, "até que enfim, chegou a nossa hora de libertação!" Corre para se juntar à manifestação. Ao chegar, vê a sua filha na primeira fila a coordenar a manif...
O que se passou? A rapariga tinha um site em que defendia as ideias de democracia e abertura política. O site foi bloqueado pelas autoridades. Ela pede ajuda a outros sites do mundo inteiro que lhe dão guarida e onde passou a escrever. Era a "tunisian girl". Desconhecida de todos os que a conheciam, conhecida da rede internacional por muitos que não sabiam quem ela era. Nem o próprio Pai, activista político que tinha estado, por isso, oito anos preso...
Esta história diz dos acontecimentos na Tunísia, certamente no Egito e onde mais, levantamentos populares, expontaneamente, se formam e levantam contra regimes opressores e ditatoriais. As ideias marxistas, diferentemente defendidas ao longo da história, do "movimento das massas", parecem ressuscitar com esta modernidade da internete e das redes sociais. E Marx nunca disse que a revolução se fazia com partidos políticos (e muito menos com os partidos comunistas). O que ele disse foi que ela se faria de "acordo com o Movimento Geral da História". Com a tecnologia, a ciência, as redes que geram tunisinas assim...
domingo, 13 de fevereiro de 2011
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